A cúpula do Congresso indicou nesta quarta
(29) que pretende impor novas derrotas à presidente Dilma Rousseff nos próximos
dias, suspendendo os efeitos do polêmico decreto presidencial sobre
conselhos populares e colocando em votação no plenário projetos contrários a
interesses do Palácio do Planalto.
O presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), integrante do partido que é o principal
aliado do PT no Congresso, disse que o Senado
confirmará a decisão da Câmara
que na terça-feira (28) sustou os efeitos do decreto sobre conselhos populares.
O decreto,
que estabelece diretrizes para criação dos conselhos e prevê que eles sejam
ouvidos na formulação de políticas públicas, é atacado por aliados do governo e
pela oposição, que veem na iniciativa uma tentativa do Planalto de passar por
cima das prerrogativas do Congresso no processo legislativo.
A própria
Dilma telefonou nesta quarta-feira para o atual presidente da Câmara, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), principal articulador da derrota do governo. Derrotado na disputa pelo governo do
Rio Grande do Norte nas eleições deste ano, o peemedebista atribui a derrota ao
empenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor do adversário.
Alves disse
que a conversa foi cordial, negou que tenha sido sondado para um ministério,
mas afirmou que ambos conversarão de novo na próxima semana e que, nessa
ocasião, recomendará a ela que ouça
mais o Legislativo. (Da Folha de S.Paulo - Márcio Falcão,
Marina Haubert, Gabriela Guerreiro, Ranier Bragon).
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