Dunga faz neste terça-feira, 11h, sua primeira convocação
após o retorno ao comando da seleção brasileira. E um de seus mais importantes
desafios será provar aos torcedores brasileiros que seu novo trabalho pode
combinar rígidez de costumes e disciplina com inovação tática e reformulação.
O treinador da seleção tem a chance de mostrar que está
no caminho certo em seus dois primeiros testes, nos amistosos contra Colômbia e
Equador, nos Estados Unidos, marcados para a primeira semana de setembro.
Como já ocorreu na primeira convocação depois de uma Copa
não vencida pela seleção, alguns dos principais nomes devem ser barrados para
uma espécie de "sabático" enquanto o novo treinador testa novos
jogadores.
Foi assim com Mano Menezes no primeiro jogo do ciclo de
2014, com o próprio Dunga no de 2010, e com Vanderlei Luxemburgo para o de
2002. Mas, ao contrário dos casos citados, o capitão do tetra anuncia a sua
primeira lista sob desconfiança dos torcedores. A escolha de Dunga para o
comando da seleção foi muito contestada e não caiu nas graças dos brasileiros.
Em 2006, Dunga chegou à seleção para impor disciplina e
resgatar o orgulho de vestir a camisa amarela. Naquela época, era importante
que o então novo técnico contrastasse seu estilo de trabalho com o apresentado
por Parreira na Copa da Alemanha. Naquele mundial, o Brasil ficou conhecido por
ter um time qualificado, mas que demonstrava pouco comprometimento e muita
preocupação com recordes individuais e festas,
Dunga jamais deu chance a nomes como Cafu, Roberto Carlos
e Ronaldo, barrou Ronaldinho da lista final para a Copa e criou um grupo coeso
galgado na palavra "coerência". Mesmo sem experiência como treinador,
seu nome foi visto como condizente para o que se pedia.
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