Enquanto os principais
candidatos de oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), investem
pesado em viagens pelo país para se tornarem conhecidos, a presidente Dilma
Rousseff tem evitado a campanha de rua e aposta suas fichas na propaganda eleitoral
na TV, que começa em 19 de agosto.
Para assessores palacianos, houve um "vácuo de
comunicação" nos primeiros anos do governo que será suprido pelos
programas produzidos pelo marqueteiro João Santana e pela ampla vantagem que
Dilma terá na divisão da propaganda eleitoral -ela ficará com quase 50% do
tempo total.
A ideia do comando petista é mostrar ao
telespectador as realizações da gestão, como a organização da Copa do Mundo no
Brasil. Dilma também deve dar mais entrevistas a jornalistas.
A avaliação é que uma campanha mais
"eletrônica" poupa a presidente de fatos negativos e constrangimentos
que um evento de rua poderia trazer, como vaias.
"O que queremos é uma campanha 'sem barulho',
em um ambiente com controle", explica um interlocutor.
Auxiliares palacianos citam como modelo a campanha
de Fernando Henrique Cardoso à reeleição, em 1998, quando houve exposição
intensa na televisão associada a uma campanha "do medo".
Na época, o tucano investiu na ameaça da volta da
inflação caso não fosse reeleito. Agora, o discurso do PT é que, se os tucanos
ganharem a eleição, programas sociais implantados pelos governos Lula e Dilma
serão extintos.
MENOS ESCALAS
Integrantes do comitê presidencial preveem menos
viagens, quase metade comparado a 2010, e vão explorar ao máximo compromissos
da "Dilma presidente", como na semana que passou, em que ela
recepcionou vários chefes de Estado.
Sem poder inaugurar obras, a campanha petista
costura uma agenda 'presidencial' na semana que vem para mantê-la em evidência.
Ainda na carona da Copa do Mundo, está previsto um encontro
com o Bom Senso Futebol Clube, movimento que reúne atletas em busca de
melhorias no futebol brasileiro, e uma possível viagem ao Rio para visita a
obras da futura Vila Olímpica, que funcionará nas Olimpíadas de 2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário